Vizinhança

"Embora imaginário, é um bairro, portanto há pessoas que podem se mudar subitamente para lá, e outras que podem sair."
Gonçalo M. Tavares

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Novas mudanças em breve...

          Em virtude do empate de nossa enquete, em breve receberemos três novos moradores no bairro: Ricardo Piglia, Ismail Kadaré e J. M. Coetzee. Que tal nos prepararmos para a chegada deles com algumas informações básicas a seu respeito? E quem sabe com a leitura de alguns de seus livros?
       Ricardo Piglia é um escritor argentino, nascido em 1940,cujas obras se marcam por grande viés ensaístico e crítico. Entre seus livros destacam-se Nome falso, Respiração Artificial, A cidade ausente, Formas breves e O último leitor
       Ismail Kadaré é o mais conhecido escritor albanês. Nasceu em 1936 e diante de ameças do governo da Albânia, exilou-se na França em 1990. Destacam-se, entre seus livros, Dossiê H, Abril despedaçado, O Palácio dos Sonhos e Três cantos fúnebres pelo Kosovo.
       John Maxwell Coetzee é um escritor sul-africano, nascido em 1940, e recebeu o Nobel de Literatura em 2003. Dentre suas obras mais conhecidas, destacamos Desonra, A vida dos animais, Homem lento e Verão.




sábado, 27 de novembro de 2010

Um prêmio para nosso primeiro morador


Gonçalo M. Tavares venceu o Prêmio de Melhor Livro Estrangeiro publicado em França em 2010 com o romance "Aprender a Rezar na Era da Técnica".

Esse livro é o último da série "O Reino", composta também por "Um Homem: Klaus Klump", "A Máquina de Joseph Walser" e "Jerusalém". 

Conheçam mais detalhes sobre o livro em: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12647

sábado, 20 de novembro de 2010

A chegada do esperado vizinho


O nosso novo vizinho chegou ao Bairro, gente! Mas eu já o conhecia há algum tempo. Nos idos de 1990, por aí, tive o primeiro contato com ele: um contato malemolente, e estonteante – caí na Ilha de Itaparica, entre biólogos, políticos e mulheres infelizes, experimentos genéticos e cegueira ética, e me apaixonei. Sim, você já sabe de quem e do que estou falando. De João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, mui carinhosamente chamado João Ubaldo por todos aqueles que se aproximam de sua obra literária e quase sempre se apaixonam, como aconteceu comigo. E de seu livro O Sorriso do Lagarto, impactante, fulminante literatura, que mais diz da vida do que ela mesma, por certo.
Pois então. Foi assim que o conheci e o apresento a vocês. Esta baiano de 69 anos que nos presenteia com algumas pérolas das letras brasileiras e provoca reflexões sobre o que é viver neste país. Conosco agora, então, nosso novo vizinho, João Ubaldo Ribeiro! Que seja bem vindo!
Aos poucos o conheceremos melhor; e quem já conhecê-lo fale dele para nós!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Esse vizinho é meio devagar....

O novo vizinho está acabando de arrumar suas malas, mas é que às vezes é difícil sair da reeeede... que preguiiiiiiça.... mas ao que tudo indica esse final de semana ele chega!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Primeira provocação

Partindo, mais uma vez, de uma solicitação do curso, proponho uma primeira provocação para a reflexão, tendo como objeto nosso primeiro morador, o Gonçalo M. Tavares.

A partir do post sobre o escritor, do vídeo sobre a série “O bairro” já publicado e da entrevista com Tavares agora disponibilizada, vamos comentar os seguintes tópicos:

1 – A leitura no processo de escrita

2 – Diversidade e hierarquia na literatura

3 – “A escrita e a publicação não são sinônimos”.

Vejam a entrevista de Gonçalo M. Tavares produzida pela Saraiva Conteúdo.





Proposta do Blog

A tutora do curso do Educared solicitou que elaborássemos uma apresentação que detalhasse a proposta didática de uso do blog que criamos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O bairro de Gonçalo M. Tavares

A chegada do primeiro morador: Gonçalo M. Tavares


     Bom, o primeiro morador do nosso bairro não poderia ser outro além do inspirador desse blog: Gonçalo M. Tavares. Tavares é um escritor português, nascido em 1970, e autor de mais de 20 obras de estilos diversificados. Destaco, aqui, a série O bairro, que traz para uma cena comum, a da vizinhança, espaço próprio aos limites e deslimites, nomes importantes da área cultural e, em especial, da literatura.
    O bairro de Tavares já conta, hoje, com nove moradores – os senhores Valéry, Henri, Brecht, Juarroz, Kraus, Calvino, Walser, Breton e Swedenborg – cujos epítetos invocam uma carga de obras e posturas teóricas, críticas e artísticas diversificadas (será que algum deles passará a habitar também esse nosso bairro literário que aqui se forma?).
     Nessa série, Tavares constrói uma narrativa que, metamorficamente, dialoga com, subverte e se apropria da crítica, da história e da teoria literárias em sua composição. Conforme o autor,
O Bairro, no seu conjunto, e quando estiver todo pronto, é um projeto enorme. Vai durar toda a minha vida. Acho que no final vai ficar algo como se fosse uma história da literatura, mas em ficção. É, se calhar, a minha forma de fazer ensaios. São personagens que, embora guardando um pouco o espírito do nome que levam – quer seja pelo tema, pela lógica de pensamento, escrita, etc. – são ficcionais, autônomas, personagens que fazem o seu caminho.
    É nesse lugar limítrofe que o autor situa vida, pensamento e literatura, tramando com todas elas uma urdidura repleta de possibilidades, em que afirma que "ler e viver são experiências de vida claramente, e experiências humanas", as quais não podem ser hierarquizadas:
Não sei por exemplo se é possível hierarquizar a experiência de fazer uma viagem importante e a experiência de ler um livro como "O homem sem qualidades", de Musil, ou "Os irmãos Karamazov", de Dostoiévsky. São coisas diferentes, mas ambas fortes.

(Veja a entrevista de onde foram retirados os trechos citados de Gonçalo Tavares em http://www2.uol.com.br/entrelivros/artigos/goncalo_m__tavares_-ler_para_ter_lucidez-.html.)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um novo vizinho se aproxima...

Em breve teremos um novo vizinho em nosso bairro, ele só está acabando de arrumar suas malas e logo logo saberemos quem é...

Web 2.0 e suas ferramentas: o Google Docs

               O Google Docs é uma interessante ferramenta para publicações compartilhadas de documentos de diversos tipos. Comecei por fazer realmente uma investigação do ambiente no intuito de descobrir suas possibilidades de uso e funcionalidades. Percebi que é possível a criação de documentos de diversos tipos: planilhas, gráficos, textos, apresentações. O ambiente disponibiliza também uma ajuda detalhada e um fórum de discussão. Optei por aprofundar a investigação em relação à criação e ao compartilhamento de apresentações.
                Num primeiro momento, segui a orientação para compartilhamento de uma apresentação já existente, que precisei carregar para o ambiente, e nesse momento tive já um problema, que consegui solucionar através da ajuda: o sistema não aceita documentos do Office 2007, de modo que precisei fazer a conversão antes do upload. Assim, consegui abrir o documento com sucesso.
                O documento, no entanto, foi carregado com inúmeras desconfigurações, de forma que precisei editar a apresentação novamente. Fiz, então, o compartilhamento dela com uma pessoa: é possível compartilhar com toda minha lista de contatos do gmail. Optei por enviar à pessoa um email informando sobre o compartilhamento, e do próprio email ela pode acessar a apresentação. Consegui também publicar a apresentação, com facilidade, no blog que meus alunos criaram para o curso de especialização no qual atuo. Pelo email, a pessoa com quem compartilhei o documento não consegue fazer alterações no mesmo, mas se entrar pelo Google Docs pode alterá-lo também (desde que eu, ao compartilhar o documento com ela, dê essa permissão). 
                Por essa primeira investigação pelo ambiente do Docs, ele pareceu-me uma ferramenta muito útil e interessante, por permitir a colaboração em tempo real sobre documentos distintos compartilhados por um grupo de pessoas. E é também bastante simples, as explicações que encontrei no próprio site tendo sido suficientes para que eu conseguisse, já numa primeira utilização, fazer dois tipos distintos de compartilhamento. Imagino que para desenvolvimento de trabalhos em grupo e também para o desenvolvimento de projetos coletivos possa ser um instrumento valioso.

Web 2.0 e suas ferramentas: o Facebook

              O Facebook é uma rede social, mas que vem acrescentando novos recursos de tempos em tempos, ampliando assim suas possibilidades de uso. Você pode cadastrar-se como pessoa física e, a partir de sua página, não só estabelecer uma rede de contatos pessoais, como também criar páginas internas ao facebook (de empresas, eventos ou outros interesses que tenha). Suas comunicações podem se dar de forma coletiva, de forma que todos os seus “amigos” tenham acesso a elas, ou privativamente, por meio de mensagens.
            Além disso, há uma ferramenta interna de bate-papo online por meio da qual você pode conversar com os amigos enquanto passeia pelas páginas do Facebook. Recentemente, foi disponibilizada a ferramenta “Grupos”, que pode funcionar como um espaço restrito a determinados grupos de amizade ou interesse e que poderá funcionar como uma interessante ferramenta pedagógica, para trocas de informações, materiais e discussões.
                Tudo funciona de maneira bastante simples no Facebook, de forma que compartilhar mensagens e também materiais advindos de outras páginas da internet e de outras redes (como o Youtube, por exemplo), é muito fácil. Além disso, com a possibilidade de “compartilhar” as informações postadas pelos outros integrantes de sua rede social, você acaba por ampliar a circulação das informações.
                Gostaria de citar um exemplo de uso do Facebook que me parece bastante interessante, ainda que não esteja voltado a fins estritamente pedagógicos. Uma ONG paulista, o Clube dos Vira-Latas, usa o Facebook ativamente. Fundada em 2001, ela trabalha com o resgate de cães abandonados e sua posterior adoção. A página do Facebook foi criada, conforme informações disponibilizadas na própria rede, em abril de 2010, e 40 dias depois já contava com mais de 20.000 seguidores. Por meio da página, a ONG não só disponibiliza informações sobre suas atividades, como realiza campanhas para arrecadação e para mobilização nas adoções, assim como recebe informações de animais que necessitam ser resgatados. Acredito que essa utilização demonstra a potencialidade da ferramenta, se forem feitas as devidas adequações ao uso pedagógico.
                Acredito que o Facebook possa funcionar, no contexto da educação, tanto como uma ferramenta para contatos e troca de informações quanto como um ambiente para pesquisa sobre temas específicos e também no qual se podem descobrir pessoas que possam compartilhar informações e conhecimentos sobre esses temas.

O nascimento do blog

Bom, esse blog está nascendo por um motivo bastante pragmático: a solicitação de um curso sobre o uso educativo dos blogs que estou fazendo, através do Educared.
Mas a proposta muito me agrada, e a ideia é explorar ao máximo esse espaço para falar sobre a literatura, criando possibilidades pedagógicas para o desenvolvimento dessa reflexão.